A nossa significação do Trabalho é uma mistura da cultura Judaico-cristã com a cultura Protestante que, historicamente, se fortalece na instalação do Capitalismo como sistema operacional humano.
O que isso quer dizer?
Que vivemos o símbolo do trabalho como um lugar de sofrimento, que dignifica o Ser e que ocupa o lugar central em nossas vidas, fonte de todo recurso que importa pra viver neste mundo.
Ainda vivemos as hierarquias do feudo.
Ainda vivemos as 8h da fábrica.
Ainda vivemos muitas coisas que deixam outras tantas de fora.
Ainda acreditamos que o Trabalho TEM QUE ser a plataforma, muitas vezes única, de realização do nosso propósito.
Ainda nos comportamos como se a Empresa tivesse que assumir, compulsoriamente, as obrigações do Estado – e as nossas também.
E, se você leu até aqui e discorda de tudo, tudo bem também: lembre-se, apenas, de que isso não é (só) sobre você.
É sobre o complexo sistema no qual estamos inseridos. E não existe uma solução única – estamos imersos na multiplicidade, com muitos momentos de maturidade co-existindo (individuais, coletivos, de segmentos) que nos desafiam e instalam a ansiedade no meio da mesa de jantar.
Para aqueles que estão em busca de recolocação, vale a pergunta: será que é essa a porta que tem que abrir? (veja o PS lá embaixo antes de me xingar)
O convite, neste 1o. de Maio, é pra refletir sobre o espaço que o Trabalho ocupa na sua vida. E que modelo é esse, frente ao que você quer construir como História.
E, se você ainda não sabe, não tem problema: todo dia é uma oportunidade de descobrir um pedacinho da resposta ????
Feliz Dia do Trabalhador <3
PS1: uma quantidade razoável de pessoas me procura pra aconselhamento, geralmente com a pergunta: “o que estou fazendo de errado?” – em geral, eu devolvo com outra pergunta “mas é por aí que você quer ir?”. Acredite você ou não, a maioria delas me responde um sonoro NÃO.
PS2: em breve vamos falar sobre o que entendemos sobre RECOMPENSA quando se trata de trabalho e expandir a visão do Total Compensation 😉
