Campanha busca conscientizar sobre a importância da saúde mental, mas é preciso tomar cuidado para não aumentar o sofrimento
“Janeiro Branco” é uma campanha que busca conscientizar sobre a saúde mental e combater a estigmatização das doenças mentais no Brasil. Durante todo o mês de Janeiro, busca incentivar as pessoas a compartilharem suas histórias e experiências pessoais relacionadas à saúde mental. Também promove a importância de buscar ajuda profissional e discute a disponibilidade de serviços nessa área.
“A boa saúde mental, em teoria, é o estado de bem-estar emocional, psicológico e social, que permite ao indivíduo realizar suas atividades diárias com relativo sucesso e enfrentar os desafios fundamentais da vida, sem paralisia”, explica a psicanalista e CEO do Ipefem, Ana Tomazelli.
A saúde mental no Brasil enfrenta vários desafios, incluindo falta de recursos, estigmas sociais e acesso limitado a tratamentos adequados. O país tem uma das maiores taxas de mortalidade por suicídio na América Latina e uma das maiores taxas de transtornos mentais, sendo o campeão em ansiedade, segundo a Organização Mundial da Saúde, com uma estimativa de 25 milhões de pessoas manifestando sintomas da doença.
“A patologia em saúde mental é uma condição que afeta todo o círculo social a partir do indivíduo e se manifesta através de sintomas físicos e comportamentais. A prevenção e o tratamento são importantes, em qualquer manifestação, para garantir o bem-estar geral individual e coletivo”, reforça Ana Tomazelli.
Nessa linha, tem havido esforços para melhorar a saúde mental no Brasil, incluindo aumento do orçamento para o tema e campanhas para combater o estigma associado a assuntos correlacionados. Muitas empresas também estão desenvolvendo negócios no campo terapêutico, o que ajuda a popularizar os tratamentos psicológicos e acessibilizar o serviço para camadas mais carentes da população.
No entanto, ainda existe o discurso de que a solução está nas mãos de cada pessoa, o que é correto – mas, apenas, em partes. Ana Tomazelli ressalta que a saúde mental é o resultado de uma combinação de fatores, que vão desde condições de moradia e transporte público, por exemplo, até as relações familiares e de trabalho de cada um.
“Por isso, é importante assumir responsabilidades individuais, mas não colocar sobre si mesmo toda a carga de conseguir lidar com problemas profundos sempre com um sorriso no rosto”, alerta Ana.
De qualquer forma, algumas ações diárias podem ser tomadas para cuidar da saúde mental e amenizar sintomas de burnout, esgotamento, ansiedade, fadiga etc, de acordo com as suas possibilidades e rotinas de vida.
Algumas dicas para cuidar da saúde mental incluem:
- Manter uma rotina regular, incluindo horários para dormir e acordar.
- Se exercitar regularmente.
- Ter uma dieta equilibrada e evitar o consumo excessivo de álcool.
- Manter contato social e participar de atividades que você gosta.
- Expressar seus sentimentos e compartilhar suas preocupações com amigos e familiares, sem substituir um profissional.
- Dormir o suficiente, manter um ambiente de sono tranquilo e desligar eletrônicos antes de dormir.
- Tomar tempo para você, fazer algo que você gosta e relaxar.
- Buscar ajuda profissional se você estiver se sentindo sobrecarregado ou se estiver lidando com problemas de saúde mental.
Ipefem
Fundado em 2019, o Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas – Ipefem atua em três pilares, que podem acontecer coordenadamente ou individualmente: pesquisa, educação e terapia. Em Pesquisas, considera-se todas as modalidades técnicas de pesquisa que considerem recortes por gênero, raça e saúde mental. Em Educação, o instituto tem a Comunidade Ipê, uma plataforma de educação à distância, baseada em Lifelong Learning, dedicada a aulas expositivas e micro conteúdos de impacto. Em Terapia, o instituto já atendeu milhares de pessoas, oferecendo apoio terapêutico individual ou em grupo, podendo ser atendimentos gratuitos ou com valores simbólicos acessíveis. Saiba mais: https://ipefem.org.br/
Ana Tomazelli, psicanalista e idealizadora do IPEFEM (Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas). A profissional conta com 20 anos de experiência no mercado de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, com passagem pelas empresas KPMG, Dasa, UnitedHealth Group, Solera Holdings, entre outras. Mestranda em Ciências da Religião pela PUC-SP, pós-graduada em Gestão de Pessoas pela FIA-USP, Administração e Gestão de Empresas pelo IBMEC-RJ e Psicanálise e Saúde Mental (IBCP).
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